Fortalezas abandonadas, saqueadas, redescobertas, restauradas, patrimonializadas: da democratização à pluralização do patrimônio
Resumo
As fortalezas de Anhatomirim, Ratones e Ponta Grossa, localizadas na região da Grande Florianópolis (SC), são bens culturais tombados pelo Sphan (hoje, Iphan) desde 1938, e tutelados pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desde 1979 e 1991, respectivamente. A UFSC empreendeu uma série de ações para a construção de uma memória histórica acerca do processo de patrimonialização destes bens culturais, que, somado aos usos dados a estes bens, geram adesões e não-adesões em torno do patrimônio. O presente artigo analisa como os agentes sociais envolvidos neste processo construíram uma memória acerca das fortalezas, identificando as estratégias discursivas de alguns destes agentes a partir das suas narrativas em entrevistas, matérias jornalísticas e documentos oficiais produzidos pela UFSC; problematizamos as concepções de história e patrimônio presentes nestes discursos a partir da perspectiva teórica de Walter Benjamin na relação com seus interlocutores, bem como Chagas (2002), Fonseca (2009), Chuva (2009), Pereira e Oriá (2012), Galzerani (2008, 2013) para relacionarmos com o campo do patrimônio no Brasil, a fim de avançarmos no debate da democratização para a pluralização do patrimônio
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