• Dossiê n. 45- 2024/02: “História, Democracia e Diversidade"

    09-10-2024

    O dossiê “História, Democracia e Diversidade” tem como principal objetivo reunir pesquisas que discutam o amplo campo da democracia e das diversidades no Brasil. A rememoração do sexagenário golpe civil-militar de 1964 abre possibilidades de indagar como a sociedade brasileira e suas instituições prepararam, produziram e como têm lidado com essa ruptura política e suas memórias. As duas décadas de regime ditatorial, marcadas pela violência institucionalizada, conviveram também com resistências de diversos agentes e coletivos políticos. No âmbito catarinense, a repressão ditatorial desencadeou-se desde as primeiras horas do golpe de 1964, e seguiu-se ainda em episódios como a Operação Barriga-Verde, mas também encontrou resistências em casos como a conhecida Novembrada. Dessa forma, visamos neste dossiê agregar trabalhos que dialoguem com a defesa da democracia, ampliem o debate sobre a construção dos regimes ditatoriais e seus legados nas sociedades contemporâneas e contribuam para reflexões sobre manifestações neofascistas no tempo presente.

    Proponentes: Edison Lucas Fabrício (FURB), Fernando Sossai (Univille) e Juliana de Mello Moraes (FURB)
    Encaminhamento de trabalhos prorrogado até: 06 de outubro de 2024
    Avaliação pelos/as pareceristas: 20 de novembro de 2024
    Revisão dos trabalhos pelos/as autores/as, com base nos pareceres: 30 de novembro
    de 2024
    Publicação: janeiro de 2025

    Saiba mais sobre Dossiê n. 45- 2024/02: “História, Democracia e Diversidade"
  • Dossiê n. 46- 2025/02: “Conflitos contemporâneos e história do tempo presente"

    09-10-2024

    Uma das características do presente é a ocorrência de conflitos armados nacionais e internacionais, sendo as guerras na Palestina e na Ucrânia exemplos com ampla visibilidade midiática, como é possível constatar em diversas plataformas on-line de notícias. É possível, inclusive, demarcar rupturas temporais a partir de catástrofes como as que derivam de confrontos bélicos, intervenções armadas trágicas e processos históricos marcadas pela violência política. Paralelamente, palavras como “guerra” são empregadas em discursos políticos que justificam ações violentas por parte dos Estados contra suas populações, a exemplo do que ocorre nas metrópoles brasileiras onde ações policiais são rotuladas como parte de uma guerra contra o crime organizado, o tráfico de drogas e demais ameaças à segurança pública. Tanto no passado quanto no presente, os conflitos chamam a atenção dos estudiosos, que, ao longo do tempo, esforçam-se em interpretá-los ou mesmo justifica-los de diversas maneiras (Fiori, 2018; Keegan, 2006). Sendo a História do Tempo Presente (HTP) uma forma de diagnóstico do presente por meio do saber histórico, conforme propõe Karl Schurster (2016), e sendo que uma de suas possíveis demarcações diz respeito ao contexto amplo da Segunda Guerra Mundial e seus desdobramentos globais, de que forma tal abordagem contribui para a compreensão de um presente permeado pelas guerras e demais formas de conflitos armados? O objetivo deste dossiê é reunir resultados de pesquisas sobre conflitos contemporâneos nacionais ou internacionais que, de alguma forma, dialogaram com a HTP – seus pressupostos, fontes e abordagens. Serão bem-vindos trabalhos que estudaram objetos e temas diversos, com recortes geográficos variados, situados e em diálogo com a História do Tempo Presente, como por exemplo, guerras convencionais ou “híbridas”, conflitos civis, ações políticas como golpes de Estado, resistências populares e intervenções autoritárias, como aquelas motivadas por estratégias colonialistas, ações policiais em áreas urbanas, entre outras temáticas que abordem as relações entre conflitos contemporâneos e tempo presente.

    Referências
    FIORI, José Luís (org.). Sobre a guerra. Petrópolis: Editora Vozes, 2018.
    KEEGAN, John. Uma história da guerra. São Paulo: Companhia de Bolso, 2006.
    SHURSTER, Karl. O fenômeno nazi e seu impacto na historiografia do tempo presente. Rio de Janeiro: Autografia, 2016.

    Proponentes: Reinaldo Lindolfo Lohn – Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Aline Vanessa Locastre – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e Wilson de Oliveira Neto – Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE)
    Encaminhamento de trabalhos prorrogado até: 15 de março de 2025
    Avaliação pelos/as pareceristas: 30 de maio de 2025
    Revisão dos trabalhos pelos/as autores/as, com base nos pareceres: 30 de junho de 2025
    Publicação: agosto de 2025

    Saiba mais sobre Dossiê n. 46- 2025/02: “Conflitos contemporâneos e história do tempo presente"
  • Dossiê n. 47- 2026/01: “Meio Ambiente, Ensino e Políticas Públicas"

    09-10-2024

    O dossiê "Meio Ambiente, Ensino e Políticas Públicas" tem como principal objetivo reunir pesquisas que discutam as questões ambientais e as iniciativas para lidar com elas sem restrições temporais ou epistemológicas, especialmente em sua interface com o Ensino em todos os níveis, permitindo, assim, um diálogo polissêmico e original. A relação entre meio ambiente, ensino e políticas públicas assume um papel cada vez mais importante, demandando novas análises, interpretações e abordagens para apreender processos sociais cada vez mais complexos da pesquisa histórica e do ensino de história. Diante disso e cientes de que a História Ambiental é hoje uma área consolidada e importante na historiografia, atenta para questões que vão além das análises sobre construção e mudanças de paisagens, entendemos que sua relação com o campo do ensino precisa ser ampliada. Nesse caminho, tornar-se-á possível investigar aspectos relativos à formação escolar e universitária, a educação ambiental e até ao currículo como Políticas Públicas para lidar com a crise ambiental contemporânea, com o intuito de abrir espaço para novas formas de pensamento e práticas sociais. Dessa forma, visamos neste dossiê agregar trabalhos que articulem pesquisa histórica e meio ambiente - preferencialmente a partir das discussões da História Ambiental - com o Ensino de História e o debate sobre Políticas Públicas, contribuindo para a produção de um conhecimento histórico capaz de dar conta das demandas atuais.

    Proponentes: Susana Cesco (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Unirio), Alfredo Ricardo Silva Lopes (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC) e Katherinne Giselle Mora Pacheco (Pontificia Universidad de Javeriana de Bogotá)

    Encaminhamento de trabalhos prorrogado até: 15 de setembro de 2025
    Avaliação pelos/as pareceristas: 20 de outubro de 2025
    Revisão dos trabalhos pelos/as autores/as, com base nos pareceres: 30 de novembro
    de 2025
    Publicação: janeiro de 2026

    Saiba mais sobre Dossiê n. 47- 2026/01: “Meio Ambiente, Ensino e Políticas Públicas"
  • Dossiê n. 48- 2026/02: “O Patrimônio cultural em disputa: balanços, abordagens e desafios"

    09-10-2024

    O presente dossiê pretende acolher artigos que reflitam sobre as disputas que envolvem o campo do patrimônio cultural, considerando os balanços teóricos e as práticas pedagógicas e institucionais, as abordagens epistêmicas e empíricas e os desafios que envolvem as pesquisas sobre o campo. Nesta direção, atenta-se para a contribuição da produção historiográfica nacional e a relevância dos pesquisadores catarinenses no cenário nacional, sobretudo com trabalhos multidisciplinares desenvolvidos em instituições arquivísticas e museológicas, centros de memórias, espaços comunitários e organizações da sociedade civil, que atuam com patrimônio em suas amplas linguagens e vertentes. Considera-se patrimônio enquanto bens constituídos de valores culturais e sociais, portanto o dossiê pretende vislumbrar trabalhos que discorram sobre processos de salvaguarda e preservação, de fruição, difusão e educação patrimonial. No entanto, os reconhecimentos e a valorização do patrimônio, por sua vez, são compostos por representações que os indivíduos fazem do seu passado a partir do seu presente, sobretudo, a partir das suas idiossincrasias e habitus que decorrem em disputas e jogos de poder seja para a institucionalização ou não do patrimônio. A ampliação do campo do patrimônio decorre igualmente dos novos atores sociais que defendem novas abordagens e desafios mais inclusivos, quebrando a hegemonia do patrimônio arquitetônico marcadamente do período colonial e buscando compreender as disputas sociais envoltas nas escolhas patrimoniais. É o caso, por exemplo, do fortalecimento do patrimônio imaterial construído pelas populações tradicionais, assim como o reconhecimento de processos que envolvem: as memórias afetivas, as tecnologias agrícolas e alimentares, as relações ambientais interespécies que permeiam o rural e o urbano, as festas e a cultura de resistência, as paisagens literárias, os acervos e arquivos, os espaços educacionais, os saberes femininos, as religiosidades, as instituições científicas, dentre outras questões. No Dossiê, serão aceitos artigos que façam relatos de experiências, pesquisas sobre exposições, acervos e coleções, projetos educativos, redes colaborativas, sistemas e implantação institucional de museus, arquivos e espaços de memórias, produção de inventários, registros e tombamentos, e outras questões que envolvem o patrimônio cultural em disputa.

    Proponentes:  Cibele Piva, (Professora da rede básica); Giane Maria de Souza, (Arquivo Histórico de Joinville); Roberta Barros Meira (Universidade da Região de Joinville - Univille).
    Encaminhamento de trabalhos prorrogado até: 15 de março de 2026
    Avaliação pelos/as pareceristas: 30 de maio de 2026
    Revisão dos trabalhos pelos/as autores/as, com base nos pareceres: 30 de junho de 2026
    Publicação: agosto de 2026

    Saiba mais sobre Dossiê n. 48- 2026/02: “O Patrimônio cultural em disputa: balanços, abordagens e desafios"