https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/issue/feed Fronteiras: Revista Catarinense de História 2024-08-31T10:04:45-03:00 Samira Peruchi Moretto samira.moretto@uffs.edu.br Open Journal Systems <p class="western" align="justify"><span style="font-size: medium;"><strong><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Fronteiras: Revista Catarinense de História</span></strong></span>&nbsp;foi criada em 1990 pela Associação Nacional de História - Seção Santa Catarina. No ano de 2018, a Revista foi incorporada no SEER da Universidade Federal da Fronteira Sul, sob a responsabilidade do Programa de Pós-graduação em História da UFFS. A área de concentração do PPGH/UFFS é Fronteiras, Migrações e Sociedades, temas abordados nos textos&nbsp; publicados pela revista. Fronteira é o eixo estruturante, articulador e propositivo. As categorias Migrações e Sociedades são aplicadas para pensar e repensar fronteiras, sejam estas políticas, econômicas, sociais e/ou ambientais.</p> https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14646 Capa 2024-08-31T10:04:33-03:00 Samira Peruchi Moretto xxx@gmail.com 2024-08-30T00:00:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14644 Editorial 2024-08-31T10:04:34-03:00 Samira Peruchi Moretto xxx@gmail.com 2024-08-30T00:00:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14645 Apresentação 2024-08-31T10:04:33-03:00 Michelle Maria Stakonski Cechinel xxx@gmail.com Renilda Vicenzi xxx@gmail.com 2024-08-30T00:00:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14641 O que é a crítica decolonial 2024-08-31T10:04:45-03:00 Nelson Maldonado-Torres xxx@gmail.com Fábio Amorim Vieira xxx@gmail.com Tathiana Cristina da Silva Anizio Cassia xxx@gmail.com 2024-08-29T00:00:00-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14163 Saara Ocidental, a última colônia africana 2024-08-31T10:04:44-03:00 Edmar Avelar de Sena edmarsena.mg@gmail.com Nicole Horta de Freitas nicolehortaf@gmail.com <p>Este artigo aborda o conflito no Sahara Ocidental, com foco na reivindicação de autodeterminação do povo saharauí. Apresentamos os aspectos históricos do conflito, analisando mudanças territoriais e conceitos de etnicidade. A abordagem inclui uma confrontação desses elementos com as limitações do direito internacional e as dinâmicas de poder que contribuem para a persistência do impasse em relação ao direito de soberania no território. O estudo inicia-se com uma análise detalhada da evolução histórica do conflito, destacando eventos-chave que moldaram a situação atual no Sahara Ocidental. Posteriormente, investiga as mudanças territoriais ao longo do tempo e como essas transformações influenciam as reivindicações territoriais das partes envolvidas. Além disso, o trabalho examina os conceitos de etnicidade e como eles desempenham um papel crucial na compreensão das dinâmicas sociais no Sahara Ocidental. A pesquisa adota a abordagem construtivista de Wendt para analisar a formação e transformação das identidades étnicas na região, destacando como esses elementos são construídos socialmente e podem ser fundamentais para a compreensão das demandas de autodeterminação. Ao confrontar esses elementos com as limitações impostas pelo direito internacional e as dinâmicas de poder em jogo, o trabalho busca identificar os obstáculos que contribuem para a manutenção do impasse no território.</p> 2024-08-29T15:07:28-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14356 Escrevivências e cosmopercepções 2024-08-31T10:04:43-03:00 Monalisa Aparecida do Carmo monalisacarmo3@gmail.com <p>Escrevivência e cosmopercepção. Orientada por esses conceitos realizo um deslocamento, enquanto mulher negra brasileira, para terras moçambicanas na intenção de experimentar aproximações e afastamentos. Partindo de inquietações da diáspora africana, a travessia transatlântica se apresenta como demanda ancestral de um corpo político, o que leva a encontros e partilhas marcados por pertencimento, diálogos e desafios coloniais. Na tentativa de obter elementos para uma escrita através da vivência, e romper com os riscos do afastamento gerado pela outridade, proponho caminhos para uma pesquisa <em>com</em>. Dessa forma, este estudo se organiza através das trocas, vivências e conversas na circulação entre Maputo e uma comunidade rural, apontando disputas que permeiam lingua(gem), saberes tradicionais e colonialidade.</p> 2024-08-29T15:11:33-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14325 O pensamento transatlântico de Carmelita Afonseca Silva 2024-08-31T10:04:43-03:00 Alesandra Oriente aleoriente5@gmail.com Patrícia Macarinni Moraes patricia.moraes@ifsc.edu.br <p>Este artigo propõe documentar experiências vivenciadas pela Dra. Carmelita Afonseca Silva em sua estadia no Brasil, durante a realização de seu doutorado. As reflexões abordam aspectos relacionados à identidade caboverdiana e o intenso processo de mestiçagem ocorrido nos dois países, Cabo Verde e Brasil. Além disso, conversamos sobre o movimento de mulheres em Cabo Verde. Adotamos uma metodologia de coautoria com a entrevistada, conectando suas falas com outras e outros intelectuais negras e negros, buscando enegrecer a produção de saberes. Como resultado dessa partilha, destacamos o convite feito por Carmelita, para que nós, sujeitos subalternizados que falam a partir do sul global, possamos dedicar mais tempo e atenção para conhecer a heterogeneidade territorial e cultural de África, estabelecendo redes que possam nos fortalecer ante a hegemonia do norte global.</p> 2024-08-29T15:13:27-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14347 “Women are Different” 2024-08-31T10:04:42-03:00 Tathiana Cristina da Silva Anizio Cassiano tathi.leandro@gmail.com <p>O artigo propõe uma análise da experiência das mulheres nigerianas no século XX, destacando especialmente a contribuição da escritora igbo Flora Nwapa para a compreensão desse contexto. Inspirado pela necessidade de uma abordagem histórica da África que valorize perspectivas endógenas, o texto utiliza o diálogo entre História e Literatura como base metodológica. O ensaio concentra-se na análise do romance “Women Are Different” (1992), especificamente como Flora Nwapa percebeu o papel do colonialismo britânico na educação das mulheres igbo, evidenciando o protagonismo destas diante das transformações sociais em suas comunidades. A estrutura do artigo divide-se em duas partes principais: a primeira aborda a educação de meninas igbo no contexto colonial, enquanto a segunda discute as implicações do colonialismo na formação das elites nigerianas, destacando como Flora Nwapa interpretava esses impactos e a busca por uma emancipação que reconhecesse suas raízes culturais.</p> 2024-08-29T15:15:08-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14195 Palavras de mundos plurais existentes e possíveis 2024-08-31T10:04:41-03:00 Thalia Faller thaliafallerr@gmail.com Emy Francielli Lunardi emy.lunardi@ifsc.edu.br <p><span style="font-weight: 400;">O objetivo do artigo é refletir sobre possíveis abordagens antirracistas para o ensino de História da África na educação básica através da obra <em>Tudo de bom vai acontecer</em> de Sefi Atta. Está dividido em três tópicos. No primeiro, problematiza-se o campo da História da África a partir da perspectiva dos estudos pós-coloniais e decoloniais. Depois, busca-se pensar sobre a trajetória e os principais questionamentos elencados pela Educação para as Relações Étnico-Raciais, conectando-os ao ensino de História da África. Por fim, no terceiro tópico, elencam-se as categorias África, mulheres e colonialismo para serem analisadas com Sefi Atta por meio de trechos de <em>Tudo de bom vai acontecer</em>. Ao sugerir o trabalho com Sefi Atta nas escolas a partir de um posicionamento antirracista, considera-se que o ensino de História da África possibilita ações comprometidas com a transformação e a justiça social.</span></p> 2024-08-29T15:17:20-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14233 Mulheres e tráfico de drogas nos países africanos de língua portuguesa 2024-08-31T10:04:41-03:00 Silviana Fernandes Mariz silviana_mariz@unilab.edu.br Francisco Thiago Rocha Vasconcelos fvasconcelos@unilab.edu.br <p>Elaboramos um levantamento da produção acadêmica em língua portuguesa, especialmente nas Ciências Sociais, sobre a participação de mulheres em redes de tráfico de drogas ilícitas entre América Latina, África e Europa, com o objetivo de analisar principalmente a situação das mulheres dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOPs). De início, situamos o fenômeno em meio aos efeitos da globalização, resultando na fragilização dos Estados frente ao descontrole do fluxo ilegal de mercadorias e pessoas e à “colonização” de rotas prévias de emigração de africanos para Europa, Estados Unidos e Brasil pelas novas rotas do tráfico internacional. Por fim, enfocamos o lugar das mulheres africanas como migrantes, prisioneiras e “mulas” que são recrutadas para transportar drogas.</p> 2024-08-29T15:50:39-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14390 Ganeses da Copa 2024-08-31T10:04:40-03:00 Michelle Maria Stakonski Cechinel miimss@gmail.com Gláucia de Oliveira Assis galssis@gmail.com <p>O presente artigo pretende analisar os recentes fluxos migratórios de ganeses que se deslocaram da República de Gana, na África Ocidental, para o Brasil, a partir de 2014. A hipótese apresentada sugere que o evento da Copa do Mundo Fifa, realizada no Brasil, foi o principal vetor de entrada de migrantes ganeses no país, que, até então, não figurava como destino migratório no histórico dos deslocamentos ganeses. O artigo está dividido em duas seções que discutem, respectivamente, a relação do governo de Gana com o financiamento de torcedores e torcidas organizadas, a partir dos relatos orais de três migrantes ganeses, e as estratégias de permanência dos migrantes após a expiração do “visto da Copa”, segundo os dados administrativos do CONARE, do SINCRE e SISMIGRA.</p> 2024-08-29T15:52:26-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14255 Podcast como ferramenta para o ensino de História da África 2024-08-31T10:04:39-03:00 Igor Santos Carneiro igorsantosuema@gmail.com Tatiana Raquel Reis Silva tatianaraquel.reis@gmail.com <p>O presente trabalho busca discorrer sobre o ensino de História da África, a partir de Cabo Verde, e a utilização do <em>podcast</em> como ferramenta na sala de aula. Nota-se que muitos docentes possuem dificuldade ao abordar tais temas, seja pela falta de formação adequada na área ou pelos impasses e resistência presentes nas instituições escolares. De modo que apresentamos um breve panorama da situação dos estudos históricos africanos e sua ligação com o ensino de história da África a nível geral e, posteriormente, afunilamos para o contexto brasileiro. Além disso, incluímos a exposição do produto educacional, sendo ele o <em>podcast</em> apresentado como produto para o programa de mestrado profissional em Ensino de História da Universidade Estadual do Maranhão.</p> 2024-08-29T15:54:10-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14401 Desvelando a Rua Camboa do Carmo 2024-08-31T10:04:39-03:00 Graziella Fernanda Santos Queiroz graziequeirozgago@gmail.com José Bento Rosa da Silva bentorosa.ebano@gmail.com <p>Este artigo acompanha a história cotidiana da Rua Camboa do Carmo no Recife do século XIX, entre 1839 e 1849, tendo como ponto de partida o inventário de Rosa Rodrigues dos Passos, uma africana liberta sem filhos ou companheiro, que deixa alguns bens para seus malungos, possivelmente sequestrados da mesma região do continente africano. Utilizando principalmente periódicos da época, bem como uma observação inspirada no flâneur de Walter Benjamin (1989), são evidenciados apelos, rotinas, ocupações, condições de vida de diferentes grupos da localidade, mas, principalmente, as peculiaridades da escravidão urbana, destacando a resistência dos escravizados, as fugas para dentro e as possibilidades de agência, acordos e irmandades entre pessoas numa mesma situação. A análise das condições sociais, econômicas e políticas da época dos moradores residentes na Camboa do Carmo juntamente às possibilidades da experiência individual de Rosa, oferece uma compreensão mais profunda desse período histórico, demonstrando a persistência em buscar autonomia e liberdade, apesar das restrições impostas pelo sistema escravista.</p> 2024-08-29T15:56:10-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14386 “Não tinha nenhum valor material, mas tinha sentimental” 2024-08-31T10:04:38-03:00 Willian Felipe Martins Costa will53638@gmail.com <p>Este artigo tem por objetivo apresentar memórias e narrativas sobre o território do Rosário, na cidade de Laguna, sul de Santa Catarina. Território esse constituído, nos séculos XIX e XX, por uma capela, um morro, uma Irmandade dedicada a N. S. do Rosário e por homens e mulheres negros da cidade. Como aporte documental, trago fontes orais, alinhavados a outros registros históricos, como jornais, fotografias, ofícios e carta, textos memorialísticos, bem como fontes bibliográficas, no intuito de tecer uma “costura da memória”. Tal proposta tem por base um diálogo com uma abordagem teórico-metodológica em perspectiva decolonial, na interlocução com intelectuais do campo dos Estudos Pós-Coloniais, Afro-diaspórico e do Pós-Abolição.</p> 2024-08-29T15:57:45-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14358 Margarida Maria de Jesus 2024-08-31T10:04:37-03:00 Dâmaris Szytko dammaszy@gmail.com Renilda Vicenzi renilda.vicenzi@uffs.edu.br <p>O texto aborda a trajetória da parda liberta Margarida Maria de Jesus, através das relações sociais desenvolvidas por ela a partir das lutas por liberdade jurídica, as estratégias empreendidas para sua conquista e manutenção desta. Utilizando-se de registros eclesiásticos, cartoriais e judiciais produzidos nas cidades de Lages-SC e Vacaria-RS nas décadas finais do século XIX e início do XX, localizamos suas redes de sociabilidade em uma sociedade marcada pela exclusão social de mulheres negras. O objetivo é demonstrar o protagonismo de Margarida na conquista de sua liberdade por meio de uma Ação de Liberdade de 1884 na cidade Lages/SC e acompanhar sua trajetória em liberdade. A pergunta que nos guiou é: quais rede de acolhimento e apoio auxiliaram em seu protagonismo? Sua trajetória e relações estão fundamentadas na perspectiva interseccional (gênero, raça e classe) proposta pela literatura do feminismo negro.</p> 2024-08-29T15:59:17-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14254 A matrilinearidade é solar 2024-08-31T10:04:37-03:00 Marcos Vinícius Francisco de Oliveira ovnzcs@gmail.com Maria Simone Euclides maria.euclides@ufv.br <p>Em situações e percepções afrocentradas, a matrilinearidade se apresenta como <em>locus</em> por excelência dessa dinâmica que entende a mãe como personagem central na constituição de identidades e afrorreferências, enquanto um fenômeno de gestação e nutrição de potências solares. Este artigo, oriundo da monografia “ENTRE COLMEIAS &amp; QUILOMBOS: quando intelectualidade negra e arte se encontram”, atenta-se para as manifestações sobre a maternidade e matrilinearidade presentes nas músicas da multiartista Beyoncé. Elencamos como foco de discussão as obras LEMONADE (2016), e THE GIFT/BLACK IS KING (2019; 2020), de modo a compreender como assumem a matrilinearidade vigor da concepção de alternativas sistêmicas para pessoas negras que, com essas produções musicais, alcançam mais um fôlego de resistência na cisão frente às lógicas de definições de ser e estar eurocêntricas e ocidentais. Assim, o artigo entrelaça discussões da Afrocentricidade junto da Antropologia, à medida que se vale metodologicamente da análise de conteúdo para acepção das dimensões matripotenciais nas músicas.</p> 2024-08-29T16:01:27-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14349 Poesia e arte no Brasil meridional 2024-08-31T10:04:36-03:00 Maicoln Viott Benetti viott@estudante.uffs.edu.br <p>Na segunda metade do século XIX, a sociedade brasileira incorporou uma série de discursos científicos estabelecendo conceitos raciais a fim de pensar a constituição do Brasil enquanto nação. A literatura teve papel importante na discussão destas ideias. Com esta pesquisa pretende-se apontar algumas relações entre a produção poética e o engajamento artístico de Cruz e Sousa com o pensamento científico decorrentes na época. Cruz e Sousa foi filho de escravos alforriados, privilegiado por receber “educação de homens brancos” na cidade de Desterro/Florianópolis, SC. São tomados como fonte seus poemas reunidos nas obras <em>Julieta dos Santos: Homenagem ao Gênio Dramático Brasileiro e Tropos e Fantasias</em>. Para tal, são exploradas referências que permitem compreender as relações entre o texto literário e a história, tendo como base principalmente as concepções de Beatriz de Morais Vieira, investigando de que forma a arte faz parte da experiência do poeta.</p> 2024-08-29T16:03:06-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14285 Planejamento urbano e conflitos sociais em Redenção, Ceará 2024-08-31T10:04:35-03:00 Lailson Ferreira da Silva lailson.silva@unilab.edu.br Eunice Sueli Nodari eunice.nodari@gmail.com <p>O artigo discute os conflitos sociais gerados com a implementação do PROURB/CE no município de Redenção, entre os anos de 1997 e 2001. Em linhas gerais, o projeto tinha como finalidade promover o ordenamento do território cearense fundado em um ideal desenvolvimentista, articulando a dimensão da sustentabilidade. Para atingir as metas, o Alto de Santa Rita tornou-se uma área de interesse ambiental e, a população que ali habitava foi retirada e realocada em um conjunto habitacional. A saída de forma compulsória promoveu formas de resistência para permanência no território, como foi identificado nas entrevistas realizada com moradores(as). Além de expressar, no presente, a permanência de um sentimento de injustiça social e evidenciar a unilateralidade dessa ação, excluindo totalmente a população atingida do processo de ordenamento territorial.</p> 2024-08-29T16:04:56-03:00 ##submission.copyrightStatement## https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/14357 Senhores e Corruptores 2024-08-31T10:04:35-03:00 Gabriel Mathias Soares soaresmathias@gmail.com <p>O estabelecimento da presença portuguesa na Costa Suaíli nos anos 1500 foi balizado por dinâmicas de poder e interação cultural entre os portugueses e as cidades-estados costeiras, como Quíloa e Melinde. Através de alianças estratégicas e coerção militar, os agentes da Coroa de Portugal buscaram explorar o comércio lucrativo e solidificar seu domínio, submetendo uns e obtendo colaboração de outros, mas também enfrentando distintas formas de resistência. A crônica de Quíloa e as correspondências diplomáticas epistolares em árabe permitem explorar as contradições da perspectiva nativa sobre os portugueses, vistos simultaneamente como novos senhores das rotas marítimas e corruptores da ordem político-religiosa. Mais ainda, essa documentação revela como as elites locais não foram meros coadjuvantes de uma hegemonia imperial portuguesa, buscando ativamente contrapor, se adaptar ou extrair vantagem da mesma.</p> 2024-08-29T16:06:53-03:00 ##submission.copyrightStatement##