COM O ESTADO, APESAR DO ESTADO, CONTRA O ESTADO
OS MOVIMENTOS URBANOS E SUAS PRÁTICAS ESPACIAIS, ENTRE A LUTA INSTITUCIONAL E A AÇÃO DIRETA
DOI:
https://doi.org/10.36661/2448-1092.2010v7n11.12223Palabras clave:
Práticas Espaciais, Cidades, Movimentos Sociais, Emancipatórios, Ação Direta, Luta InstitucionalResumen
Mudanças e crises teóricas têm assinalado, de algumas décadas (e sobretudo de alguns anos) a esta parte, a necessidade de encontrar ou refinar e consolidar novos marcos analíticos para examinar e avaliar as agendas e a práxis nos processos de mudança sócio-espacial. Nenhuma prática humana é totalmente independente do espaço social, mas ocorre que algumas se mostram apenas fraca e indiretamente dependentes da dimensão espacial da sociedade, ao passo que outras se acham forte e diretamente impregnadas dessa dimensão, em aspectos que vão da identidade à organização. São estas últimas que merecem, no entendimento do autor destas linhas, a designação simplificada de práticas espaciais, as quais são “práticas sociais densas de espacialidade”. As práticas espaciais têm servido, obviamente, tanto à dominação, à coerção, à imposição de cima para baixo ou de fora para dentro das leis e normas que regulam a vida de um grupo ou sociedade, quanto à emancipação, à autodeterminação, à autodefesa legítima, ao autogoverno, à instituição livre e lúcida das leis e normas pelo próprio corpo de cidadãos, diretamente. Trata-se, no presente trabalho de examinar as práticas espaciais dos movimentos sociais urbanos emancipatórios. Interessam, portanto, as práticas espaciais que se vinculam a uma perspectiva de transformação emancipatória da realidade sócio-espacial – em uma palavra, à práxis. O artigo apresenta, inicialmente, uma discussão dos conceitos de poder (dialogando-se com Michel Foucault, Hannah Arendt e Cornelius Castoriadis) e prática espacial (partindo-se, sem pretensões de fidelidade, da contribuição de Henri Lefebvre). Na seção subsequente, oferece-se e discute-se uma tipologia das práticas espaciais insurgentes protagonizadas por movimentos sociais. A utilidade de se construir uma tal tipologia não se esgota, evidentemente, na tipologia em si mesma; faz-se mister, complementarmente, discutir os limites (contradições e obstáculos) das práticas espaciais dos movimentos, que é o que traz a última seção do trabalho.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
CIDADES está bajo la licencia Creative Commons Attribution 4.0 International License. La revista no promoverá ninguna forma de remuneración por derechos de autor y los autores y autoras, al enviar sus textos, confirman tener conocimiento sobre su divulgación en acceso abierto. Asimismo, CIDADES no cobrará a los autores y autoras ninguna tarifa de publicación o revisión. Los autores y autoras son los titulares de los derechos de autor de los textos publicados en la revista.