DOS NEGÓCIOS NA CIDADE À CIDADE COMO NEGÓCIO
UMA NOVA SORTE DE ACUMULAÇÃO PRIMITIVA DO ESPAÇO
DOI:
https://doi.org/10.36661/2448-1092.2006v3n5.12784Palavras-chave:
Espaço urbano, Sobreacumulação, Acumulação primitiva, Setor imobiliário, DesvalorizaçãoResumo
O espaço das metrópoles contemporâneas vem passando por sucessivas transformações em sua forma física e em seus significados para os processos de acumulação do capital e para a vida das sociedades urbanas. A transformação, a transitoriedade e a efemeridade das configurações dos territórios urbanos têm sido a marca das cidades modernas desde a intensificação das atividades produtivas na modernidade. No entanto, o sentido dessas transformações nesta última passagem de século parece respeitar a uma nova lógica de atuação dos poderes públicos. A financeirização da economia e a insuficiência dos setores acionistas apontam para o imobiliário como a última saída para a crise de rentabilidade do capital. O Estado, que vem assumindo novos papéis diante da produção dos novos territórios do urbano, investe-se na reordenação geográfica de fragmentos da cidade para atender e atrair novos investimentos voláteis do setor financeiro — não sem que haja consequências para a vida nas metrópoles.
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