CAMINHOS DA PRODUÇÃO FINANCEIRIZADA DO ESPAÇO URBANO: A VERSÃO BRASILEIRA COMO CONTRAPONTO A UM MODELO

Palavras-chave: Financeirização, Mercado imobiliário, Minha Casa Minha Vida

Resumo

O debate a respeito dos processos de financeirização da produção imobiliária brasileira é obscurecido pelo procedimento que adota como parâmetro o modelo norte-americano que resultou nos conhecidos subprimes. A financeirização do mercado imobiliário brasileiro se deu não pela via hipotecária de estímulos à demanda, mas pela vinculação das incorporadoras com o mercado de capitais, sugerindo, por esse caminho, importantes estímulos à oferta. O resultado tem sido, diferentemente do que pode ser visto a partir da estratégia adotada nos Estados Unidos, a criação de uma tendência à participação do fundo público como critério para a estabilização da relação entre as incorporadoras e o mercado de capitais, encobrindo com a ampliação do maior programa habitacional do país a lacuna aberta entre a necessidade de produção e o tamanho da demanda solvável.

Biografia do Autor

César Ricardo Simoni Santos, Universidade de São Paulo - USP

Departamento de Geografia e Programa de Pós-graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo

Daniel Sanfelici, Universidade Federal Fluminense - UFF

Professor Adjunto da Universidade Federal Fluminense e ao Núcleo de Estudos e Pesquisas Urbanas (NEURB).

Publicado
06-01-2021

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