DA “DIFERENCIAÇÃO DE ÁREAS” À “DIFERENCIAÇÃO SOCIOESPACIAL”
A “VISÃO (APENAS) DE SOBREVÔO” COMO UMA TRADIÇÃO EPISTEMOLÓGICA E METODOLÓGICA LIMITANTE
DOI :
https://doi.org/10.36661/2448-1092.2007v4n6.12798Mots-clés :
Geografia, “Visão de sobrevôo”, Movimentos sociais, EscalasRésumé
A Geografia tem, tradicionalmente, cultivado uma espécie de “visão de sobrevôo”, analisando as sociedades e seus espaços quase sempre “do alto” e “de longe”. Essa perspectiva é, de certa forma, aquela que é própria do Estado. E, de fato, o aparelho de Estado sempre foi o principal “locus de construção discursiva” da Geografia. Raramente o “locus de construção discursiva” dos geógrafos de formação foram ou têm sido os movimentos sociais. Isso tem sido, justamente, ao mesmo tempo uma causa e uma conseqüência da “visão de sobrevôo”. Não se sugere, neste trabalho, que “olhar de longe” seja algo em si mesmo reprovável. Afinal, o “olhar distanciado” permite que se ganhe uma perspectiva que é imprescindível e insubstituível: aquela que faculta uma “noção de conjunto” e que permite trabalhar com as escalas da estratégia. O problema reside em adotar com exclusividade esse olhar. A solução, por conseguinte, não consiste em substituir meramente o “olhar de longe” pelo “mergulho no quotidiano”, mas sim em combinar as escalas (de análise e de ação) de modo a não abrir mão de nenhuma, tanto quanto combinar os olhares o de perto e o de longe; aquele que permite “colocar-se de fora” (e à distância) com aquele que exige “estar dentro”.
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