INTRODUÇÃO
A GEOGRAFIA, O PENSAMENTO E A PRÁXIS LIBERTÁRIOS E A CIDADE − ENCONTROS, DESENCONTROS E REENCONTROS
DOI :
https://doi.org/10.36661/2448-1092.2012v9n15.12201Mots-clés :
CidadesRésumé
Quem são os “libertários”?
É muito comum entender “libertário” como sinônimo de “anarquista”. Historicamente, trata-se de uma interpretação justificável, afinal, os termos “anarquista” e “libertário” têm andado de mãos dadas desde o século XIX. É costume os franceses atribuírem a cunhagem da palavra “libertaire” ao anarquista Joseph Déjacque, em um panfleto datado de 1857. Pode-se afirmar, com segurança, que, desde meados do século retrasado, e começando pela França, “libertário” é um qualificativo que esteve, principalmente nas línguas neolatinas, vinculado ao movimento anarquista. Porém, hoje em dia, essa tradição de tomar como equivalentes “libertário” e “anarquista” deve ser vista como muito restritiva. Entendidos de maneira ampla e generosa, o pensamento e as práticas políticas dos libertários constituem e sempre constituíram, por assim dizer, uma “família” relativamente heterogênea de correntes e subcorrentes. Como em toda família, também aí houve e há divergências e até mesmo rusgas. Existe, não obstante, um forte elemento comum: uma postura ao mesmo tempo anticapitalista e de oposição ao marxismo-leninismo, devido a seus elementos autoritários e conservadores.
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