MARGEAR
Exigências ético-políticas e coemergências metodológicas para pensar com os territórios
DOI:
https://doi.org/10.36661/2448-1092.2024v16n26.14663Palavras-chave:
margear, margens urbanas, co-emergências, processos de sujetivação, giro periférico, planejamento urbanoResumo
A percepção de uma maior presença de saberes e atores até então elididos ou invisibilizados dos espaços centrais de produção do conhecimento exige uma análise capaz de reconhecer a diferença de conjuntura que se afigura no presente e, igualmente, aquilo que se evidencia como desafio para a práxis científica que se vê interrogada desde sua matriz colonial. Adentrando a problemática das políticas urbanas articuladas aos processos de subjetivação, e adotando uma perspectiva transdisciplinar e situada, este artigo busca focalizar os saberes sobre ou com as margens urbanas no contexto do que, recentemente, tem se chamado de giro periférico no planejamento urbano e em áreas correlatas. Objetivou-se problematizar aspectos epistemológicos da pesquisa urbana ante a persistente dicotomia centro-periferia, implicando na realização de dois gestos dentro de uma metodologia orientada pela montagem benjaminiana: uma reflexão teórica a partir de uma abordagem decolonial e contracolonial, para recolher exigências éticopolíticas concernentes a uma mudança de posicionalidade da margem e do centro na realidade latinoamericana; e o uso de imagens-lampejo construídas por processos de coemergência junto às ocupações urbanas com as quais desenvolvemos trabalhos de pesquisa e extensão. O que se conclui é a urgência de um deslocamento do sujeito pesquisador como testemunha das produções de cidade que se inscrevem à margem, bem como de uma disponibilidade e posicionalidade no pesquisar-fazer-pensar com os territórios, a qual nomeamos margear.
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