DEGRADAÇÃO DE ÁREAS DE PROTEÇÃO PERMANENTE (APPS) E IMPLICAÇÕES AO ABASTECIMENTO HÍDRICO DAS CIDADES NA AMAZÔNIA NORTE MATO-GROSSENSE
DOI:
https://doi.org/10.36661/2448-1092.2024v16n26.14135Palavras-chave:
Amazônia norte mato-grossense. Degradação. APPs. Nascentes, Déficit hídrico.Resumo
O processo de abertura da fronteira urbano industrial-agrícola-financeira em direção à Amazônia, na década de 1970, reflete, na atualidade, implicações socioambientais, dentre elas, a degradação das Áreas de Proteção Permanente (APPs) de rios, córregos, mananciais, e das nascentes que formam os corpos hídricos que são fontes de água utilizadas para abastecimento urbano dos municípios pertencentes à macrorregião norte 2. O estudo objetiva analisar a situação das APPs no entorno dos rios e nascentes das bacias de captação dos municípios de Alta Floresta, Nova Canaã do Norte e Colíder, no estado do Mato Grosso. Para o mapeamento, foram utilizadas bases de dados do MapBiomas e do Núcleo de Inteligência Territorial/ICV (hidrografia, cobertura do solo e imóveis rurais) por um modelo de delimitação automática e posterior diagnóstico das APPs de cursos d’água, nascentes e lagoas naturais, conforme regras do Novo Código Florestal. Como resultado, foi possível observar que, em Alta Floresta, o rio Taxidermista está com 77% de APPs preservadas; entretanto, nas 200 nascentes, o percentual de deterioração ultrapassa 55%. Nova Canaã do Norte, no rio Bonito, 61% das APPs estão degradadas e, nas 89 nascentes, os danos ultrapassam 81%. Colíder está com um percentual acima de 54% das APPs do rio Carapá afetadas e, nas 103 nascentes, esse percentual ultrapassa 69% de degradação. A situação revela-se preocupante e em vias de crise hídrica, visto que as nascentes são o elo entre o subterrâneo e a superfície; todavia, são o ponto mais frágil do ciclo hidrológico, responsáveis por fornecer o abastecimento das referidas cidades.
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