OÎKOS, ÁGORA E EKKLESÍA

UMA INTRODUÇÃO ÀS FRONTEIRAS, PONTES E “ÁREAS DE SOMBRA” DE UM ESPAÇO OCUPADO POR SEM-TETO (OCUPAÇÃO QUILOMBO DAS GUERREIRAS – RIO DE JANEIRO)

Palavras-chave: Autogestão, Espaço urbano, movimento dos sem-teto, Rio de Janeiro

Resumo

o movimento dos sem-teto no Rio de Janeiro tem realizado ocupações na área central da cidade e organizado a gestão dos seus espaços a partir de uma estrutura formal fortemente horizontalizada (ou seja, com reduzidíssimos traços de hierarquia), na qual os espaços deliberativos são abertos à participação de todos os moradores.  Considerando que as relações sociais (que são expressão e instrumento de poder) são, necessariamente, espacializadas, entendemos que a dinâmica de um espaço autogerido apresentará características próprias em contraposição à dinâmica de um espaço heterogerido. Essa dimensão espacial, entendida tanto como substrato espacial, quanto como condicionamento exercido pelos recortes territoriais e pelas fronteiras sobre as relações de poder, tem contribuído para a construção de novas relações sociais pautadas por significações imaginárias sociais distintas das atuais. Neste sentido, buscaremos elucidar elementos da organização espacial interna da ocupação Quilombo das Guerreiras e contribuir com reflexões a respeito de ocupações semelhantes encontradas na área central da cidade do Rio de Janeiro.

Publicado
18-08-2021