TRANSFORMAÇÕES CULTURAIS E CONTRADIÇÕES URBANAS DO ESPAÇO PÚBLICO CONTEMPERÂNEO
Resumo
No momento em que a cidade conforma suas mudanças sob uma amplo espectro de forças econômicas, políticas e sociais, quais as condições de produção do espaço público? Em uma cidade contemporânea situada em período de transição e redefinição de seus paradigmas, a relação de pertencimento ao espaço urbano é reconfigurada, ao mesmo tempo em que reconfigura a produção do espaço público – transformações essas que apontam não apenas para a intrumentalização do espaço mas também a redução de seu valor público. Num contexto cada vez mais hegemônico de financeirização da cidade, este artigo investiga transversalidades e tangências do espaço público contemporâneo e, tensionando seus referenciais teóricos, argumenta por práticas urbanas que superem limites e tematizações propondo uma noção particular de hidridação. No momento de uma sociedade que deseja “tudo a todo o momento” nossa hipótese é de que ideologias
urbanas contemporâneas promovem progressivamente, na construção de formas urbanas, simulacros de espaços públicos; nossa aposta, no espaço público enquanto o locus, o contexto de mediação por meio do qual as identidades sociais, práticas e as imagens socioespaciais podem ser criadas e contestadas, como o espaço do estranhamento, o outro espaço que, justaposto ao espaço instituído, contém o caráter do conflito, da ação, da contestação na construçãode formas urbanas.
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