“A ausência do ‘olho no olho’, do abraço espontâneo e das brincadeiras”

desafios dos professores de História em tempos de pandemia no Espírito Santo

Palavras-chave: Professores de História, Pandemia, Espírito Santo

Resumo

O artigo analisa os desafios da educação e do ensino de História durante a pandemia do coronavírus no Espírito Santo na busca pela compreensão de seus impactos na atuação docente. Problematiza a precarização da profissão e o adoecimento do professor (OLIVEIRA, 2003; SIMÕES; SALIM; TAVARES, 2008; FIRMINO; FERREIRA, 2020), em diálogo com os pressupostos de Schmidt (1999), Bittencourt (2008) e Cainelli e Schmidt (2004) a respeito do ensino de História. Com fundamentação em Bloch (2001), a análise das respostas ao questionário on-line de trinta e três professores capixabas que atuam na Educação Básica evidenciou: a) o aprofundamento dos problemas já existentes no contexto de trabalho docente em função da pandemia; e b) as fragilidades e a pouca efetivação dos processos de ensino-aprendizagem, em geral, e da disciplina História, em particular.

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Biografia do Autor

Esdra Erlacher, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduada em História pela Universidade Federal do Espírito Santo. É mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Espírito Santo

Bruna Mozini Subtil, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduanda em História pela Universidade Federal do Espírito Santo.

Brunna Terra Marcelino, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduada em História pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Miriã Lúcia Luiz, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduada em Pedagogia e História, mestre e doutora em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo. É professora do Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Atua nas áreas de História da Educação, Ensino de História e Formação e prática de professores.

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Publicado
28-07-2021
Como Citar
ERLACHER, E.; SUBTIL, B.; MARCELINO, B.; LUIZ, M. “A ausência do ‘olho no olho’, do abraço espontâneo e das brincadeiras”. Fronteiras: Revista Catarinense de História, n. 37, p. 80-102, 28 jul. 2021.