NOVAS FESTAS, NOVOS LUGARES, NOVAS ESPACIALIDADES
RUMO A UMA GEOGRAFIA DOS EVENTOS FESTIVOS EM PARIS
DOI:
https://doi.org/10.36661/2448-1092.2011v8n13.12708Palavras-chave:
Festa, Eventos festivos, Espaço festivo, Paris, Capital simbólicaResumo
Há quarenta anos, a desindustrialização, a competição entre territórios, o gosto pelo lazer e pela cultura, uma mobilidade crescente, a explosão da esfera da comunicação, o enfraquecimento dos elos sociais, a vontade das grandes sociedades do espetáculo de posicionarem-se no mercado de proximidade modificam as práticas festivas nas cidades ocidentais e as desembrulham. A “cidade festiva” suplanta progressivamente a cidade-suporte de festas pontuais. A ambiência e estética da festa acometem o quotidiano e transcendem a concepção, o planejamento e o ordenamento urbanos. Nessa busca pela mais-valia simbólica (seja com fins comerciais, experienciais ou reivindicativos) trazida pela festa, nem todos os espaços valem. Os fatos festivos e os espaços nos quais eles se inscrevem constituem um objeto-mediador que indica a requalificação dos espaços e o reposicionamento dos atores na cena urbana. Paris intramuros oferece um exemplo emblemático de posicionamento festivo de uma metrópole europeia contemporânea. A emergência e efervescência festiva das últimas décadas, os processos em curso, os atores da festivalização são analisados por meio de uma leitura crítica dos lugares investidos (mas também abandonados) pela festa.
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