TERRITÓRIOS LIBERTÁRIOS
A EXPERIÊNCIA ANARQUISTA DE AUTOGESTÃO NA CIDADE DE BARCELONA DURANTE A GUERRA CIVIL ESPANHOLA (1936-1939)
DOI:
https://doi.org/10.36661/2448-1092.2012v9n15.12215Palavras-chave:
Anarquismo, Movimentos sociais, Espacialidade, Autogestão, Autoplanejamento, BarcelonaResumo
Durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), uma grande parcela dos trabalhadores urbanos e camponeses espanhóis engendrou um processo de caráter revolucionário pautado nos ideais anarquistas formulados ao longo do século XIX e início do século XX. Reunidos em sindicatos e organizações autônomas, esses protagonistas iniciaram um vigoroso e consistente processo de expropriação e coletivização dos meios de produção e instituíram formas de autogestão política e econômica em diversas partes e escalas do território espanhol. Novas dinâmicas de organização da produção e da política foram instituídas a partir da criação de estruturas horizontais e autônomas do exercício do poder. Neste artigo vamos realizar uma análise da experiência anarquista no processo de autogestão e autoplanejamento urbanos na cidade de Barcelona. Na introdução apresentamos uma síntese do contexto em que se desenvolveu a Guerra Civil Espanhola, em seguida realizamos uma análise da dinâmica da cidade antes do início da guerra e, por fim, buscamos identificar e analisar as estratégias e práticas dos anarquistas espanhóis em relação aos processos de autogestão e autoplanejamento urbanos, destacando os serviços, a infraestrutura e a questão da habitação e, dessa forma, avaliar quais foram as transformações realizadas pelos trabalhadores na dinâmica do espaço urbano de Barcelona.
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