A MICROFÍSICA DO PODER INSTITUINTE E SUA ESPACIALIDADE

O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO DE UMA OCUPAÇÃO DE SEM-TETO NO RIO DE JANEIRO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36661/2448-1092.2012v9n15.12204

Palavras-chave:

Movimentos sociais, Sem-teto, Processo de territorialização, Territorialidade, Autogestão

Resumo

Este artigo tem como objetivo lançar luz sobre o processo de territorialização de ocupações de sem-teto no Rio de Janeiro, utilizando como estudo de caso a Ocupação Quilombo das Guerreiras e, como caso de contraste, a Ocupação Chiquinha Gonzaga. Assim, para melhor compreender o processo de instituição do território, começarei com o estudo do período que antecede a ação direta sobre o imóvel (no âmbito das reuniões preparatórias), visto que, mesmo anteriormente à apropriação do espaço, algumas das características específicas do território já são esboçadas sob a forma de relações de poder particulares. Veremos que o sucesso da ação direta envolve, em primeiro lugar, a delimitação de uma fronteira que expressa a apropriação, e em segundo, a refuncionaliza-ção dos espaços internos e a sua adequação às propriedades que caracterizam o território. No entanto, a estabilização do território (com a suspensão, mesmo que temporária, do perigo iminente de despejo) não significa o fim da territorialização. O território está sempre em processo de fazer-se e é imanente às relações de poder. Assim, a territorialização envolve mais do que a delimitação de fronteiras, pois incide nas “maneiras de fazer” dos indivíduos, o que as torna ainda mais relevantes para a elaboração de ferramentas de luta e de organização empregadas pelos movimentos sociais.

Biografia do Autor

  • Rafael Gonçalves de Almeida, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

    Doutorando em Geografia
    Universidade Federal do Rio de Janeiro

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Publicado

17-03-2021

Como Citar

DE ALMEIDA, Rafael Gonçalves. A MICROFÍSICA DO PODER INSTITUINTE E SUA ESPACIALIDADE: O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO DE UMA OCUPAÇÃO DE SEM-TETO NO RIO DE JANEIRO. Revista Cidades, Brasil, v. 9, n. 15, 2021. DOI: 10.36661/2448-1092.2012v9n15.12204. Disponível em: https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/cidades/article/view/12204. Acesso em: 11 mar. 2025.