FINCANDO BANDEIRAS, RESSIGNIFICANDO O ESPAÇO

TERRITÓRIOS E "LUGARES" DO MOVIMENTO DOS SEM-TETO

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.36661/2448-1092.2009v6n9.12549

Palabras clave:

“léxico espacial”, movimento dos sem-teto, Rio de Janeiro, São Paulo

Resumen

A produção do espaço deve ser apreendida de modo a se considerar muito mais do que a sua dimensão material; aquela pressupõe, com efeito, todo o  conjunto de práticas espaciais empreendidas pelos seus agentes modeladores. os domínios do poder e do simbólico, respectivamente representados, em termos de conceitos espaciais, pelas ideias de território e lugar, devem, portanto, ser tão enfatizados quanto a produção material do espaço. Dessa maneira, é importante buscar compreender como os agentes modeladores do espaço criam imagens espaciais (ou “representações sócio-espaciais”), fenômeno cuja ocorrência se dá frequentemente durante ou após o processo de territorialização. Esse fenômeno é particularmente interessante com relação aos movimentos sociais, os quais geralmente atribuem aos seus territórios um significado político-simbólico ao nomearem seus espaços (ou seja, pela criação de novos topônimos), além de ressignificarem também palavras e expressões correntes – criando, em decorrência, o que nós definimos como “léxico espacial”. No presente artigo, nós apresentamos e comentamos algumas dessas palavras e expressões, bem como uma série de nomes de ocupações batizadas pelo movimento dos sem-teto no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Publicado

18-08-2021

Cómo citar

LOPES DE SOUZA, Marcelo; TOMAZINE TEIXEIRA, Eduardo. FINCANDO BANDEIRAS, RESSIGNIFICANDO O ESPAÇO: TERRITÓRIOS E "LUGARES" DO MOVIMENTO DOS SEM-TETO. Cidades, Brasil, v. 6, n. 9, p. 29–66, 2021. DOI: 10.36661/2448-1092.2009v6n9.12549. Disponível em: https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/cidades/article/view/12549. Acesso em: 11 mar. 2025.