DESENVOLVIMENTO URBANO E TERRITORIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO A PARTIR DA IMPLANTAÇÃO DE USINAS HIDRELÉTRICAS INTEGRADAS AO SISTEMA ESPACIAL DO CAFÉ E FERROVIA

  • Debora Marques de Almeida Nogueira Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • André Munhoz de Argollo Ferrão Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP http://orcid.org/0000-0003-0687-3622
Palavras-chave: Usina hidrelétrica, Território paulista, Patrimônio industrial

Resumo

O objetivo deste trabalho é analisar a relevância de um determinado componente do espaço na formação da paisagem paulista. Elegeu-se o advento da energia elétrica a partir da implantação de usinas hidrelétricas em diversas cidades do interior do estado como elemento formador da paisagem industrial do território paulista. Analisa-se os processos que a energia hidrelétrica desencadeia no território paulista e suas conseqüências. O período correspondente ao presente trabalho vai de 1890 a 1930, quando o estado de São Paulo dá início ao seu processo de industrialização, a economia cafeeira está no auge e é fundada a companhia de energia elétrica que fará a primeira usina hidrelétrica do estado de São Paulo; este panorama vai evoluindo até 1930; quando a economia cafeeira entra em crise e a indústria já está estabelecida. A construção de hidrelétricas após 1930 assume outro caráter: o das grandes hidrelétricas, encerrando o ciclo das pequenas centrais hidrelétricas. A configuração das cidades muda conforme há mais disponibilidade de “melhorias urbanas”, sendo que muitas delas eram movidas a eletricidade. As nascentes indústrias também vão ocupando o espaço entre a ferrovia e a energia, criando novos bairros e centralidades. A implantação de tamanha quantidade de hidrelétricas, num período de tempo relativamente curto e num único sítio constitui um empreendimento arrojado e bem sucedido, caso único no mundo.

Biografia do Autor

Debora Marques de Almeida Nogueira, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Arquiteta e urbanista pela EESC-USP; mestre em Engenharia Urbana pela UFSCar; doutora em Engenharia Civil pela FECUnicamp. Pós-doutora pelo DRH-FEC-Unicamp

André Munhoz de Argollo Ferrão, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Arquiteto e Urbanista, engenheiro civil; mestre em Engenharia Agrícola, doutor em Arquitetura e Urbanismo; Prof. Livre Docente do Departamento de Recursos Hídricos da FEC-UNICAMP

Publicado
06-01-2021