Saara Ocidental, a última colônia africana
reconhecimento internacional, etnicidade e os aspectos de uma guerra invisível
DOI:
https://doi.org/10.36661/2238-9717.2024n44.14163Palavras-chave:
Sahara Ocidental, Autodeterminação, Povo Saharauí, Etnicidade, Dinâmicas de PoderResumo
Este artigo aborda o conflito no Sahara Ocidental, com foco na reivindicação de autodeterminação do povo saharauí. Apresentamos os aspectos históricos do conflito, analisando mudanças territoriais e conceitos de etnicidade. A abordagem inclui uma confrontação desses elementos com as limitações do direito internacional e as dinâmicas de poder que contribuem para a persistência do impasse em relação ao direito de soberania no território. O estudo inicia-se com uma análise detalhada da evolução histórica do conflito, destacando eventos-chave que moldaram a situação atual no Sahara Ocidental. Posteriormente, investiga as mudanças territoriais ao longo do tempo e como essas transformações influenciam as reivindicações territoriais das partes envolvidas. Além disso, o trabalho examina os conceitos de etnicidade e como eles desempenham um papel crucial na compreensão das dinâmicas sociais no Sahara Ocidental. A pesquisa adota a abordagem construtivista de Wendt para analisar a formação e transformação das identidades étnicas na região, destacando como esses elementos são construídos socialmente e podem ser fundamentais para a compreensão das demandas de autodeterminação. Ao confrontar esses elementos com as limitações impostas pelo direito internacional e as dinâmicas de poder em jogo, o trabalho busca identificar os obstáculos que contribuem para a manutenção do impasse no território.