Noção de mobilidade em Lafont
retrato de uma mulher negra no Ocidente como externalização da africanidade
DOI:
https://doi.org/10.36661/2238-9717.2024n43.14133Resumo
O livro de Anne Lafont, Une africaine au louvre en 1800: la place du modèle [Uma africana no Louvre] (2022), motivo desta resenha, nos propõe algumas importantes reflexões. A autora é uma historiadora da arte francesa, pesquisadora e professora na École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris. Com alguns projetos na área de história da arte, também é reconhecida por seu livro L’Art et la Race. L’Africain (tout) contre l’oeil des Luimères [A arte e a raça – O africano de (e ao) encontro do olhar iluminista] (2019), que pensa o lugar de corpos negros na arte ocidental como também sujeitos de posição ativa nas construções de suas imagens. Assim, Uma africana no Louvre surge como adaptação de uma conferência ministrada no Instituto Warburg, em Londres, no dia 24 de janeiro de 2018, que toma forma também a partir de suas pesquisas a respeito da arte francesa dos séculos XVIII e XIX em sua ligação com o mundo atlântico.