A Ninfa e a Pérola
inquietações warburguianas dirigidas à série Pratos de Adriana Varejão
DOI:
https://doi.org/10.36661/2238-9717.2024n43.14114Palavras-chave:
Pratos, Adriana Varejão, NinfaResumo
O artigo debruça-se sobre a série Pratos, de Adriana Varejão, a partir de questões teóricas abertas pela presença da imagem da Ninfa na obra do teórico e historiador da arte Aby Warburg, bem como nos desdobramentos pensados pelo filósofo e historiador da arte francês Georges Didi-Huberman. Considera-se as obras Pérola Imperfeita, Nascimento de Ondina e Sereias bêbadas (2009), e Ama divers (2011) da artista, principalmente em diálogo com a Prancha 39 do Bilderatlas Mnemosyne (1927-1929), de Warburg. A partir dessa associação, discute-se Pratos face à sobreposição de três questões: o Nachleben der Antike dos deuses pagãos; a Pathosformel da Ninfa; e, a possível correspondência entre água e Ninfa, avançando a hipótese, central para os estudos warburguianos, de dissolução entre sujeito e objeto.