O Regime Escópico da Colonialidade
apontamentos teóricos para o estudo das imagens no campo historiográfico decolonial
DOI:
https://doi.org/10.36661/2238-9717.2024n43.13934Palavras-chave:
Regime escópico da colonialidade, Modernidade/colonialidade, ImagensResumo
No presente artigo apresento a categoria de regime escópico da colonialidade afim de ressaltar sua potencial contribuição para os estudos historiográficos que versam sobre imagens numa perspectiva decolonial. Inicialmente, introduzo a categoria de análise de regime de historicidade, contextualizando na sequência a consolidação do regime moderno de historicidade e sua relação dialética com o chamado “Novo Mundo”. Descrevo as maneiras pelas quais, no interior de um regime escópico da colonialidade, encobre-se os outros tidos como “selvagens” e “não civilizados” por um olhar pautado num sistema de alteridade de constituição do sujeito moderno. Tal constituição conta com um aparato que ora subexpõe e ora sobreexpõe de sujeitos, tornando-os (in)visíveis, e apagando as diferentes experiências estéticas e escópicas desses sujeitos postos à margem da sociedade no projeto de dominação imposto pela Matriz Colonial de Poder.