Escrita da História e sexualidade

Cassandra Rios, ausência e invisibilidade

Autores

  • Flávia Mantovani Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita FIlho - Unesp

DOI:

https://doi.org/10.36661/2238-9717.2021n37.12359

Palavras-chave:

Escrita da História, Cassandra Rios, Literatura e censura, Sexualidade e política, Literatura lésbica

Resumo

Repensar a escrita da História é tarefa que vem ocupando um lugar considerável na produção de historiadores, sobretudo, ao longo do século XX. Considerando outros sujeitos, objetos e olhares, o campo historiográfico abre-se para novos problemas. Este texto apresenta possibilidades de escrita da História na interface com a sexualidade a partir da produção literária de Cassandra Rios (1932-2002), escritora conhecida como a “mais proibida do Brasil”, a julgar por seus mais de trinta livros vetados pela censura vigente, também, na Ditadura Militar. A partir de alguns questionamentos colocados pelo campo da História das Mulheres, apresenta-se uma possibilidade de escrita da História por meio da perspectiva de mulheres lésbicas, haja vista a temática abordada por Rios em grande parte de sua escrita, voltada para histórias de desejo entre mulheres. Ao final, apontam-se perspectivas em Cassandra Rios de visibilizar tais sujeitos, geralmente ausentes na historiografia, e a potencialidade de sua produção literária como fonte pertinente na (re)escrita da história de sujeitos com sexualidades dissidentes. 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

28-07-2021

Como Citar

MANTOVANI, Flávia. Escrita da História e sexualidade: Cassandra Rios, ausência e invisibilidade. Fronteiras: Revista Catarinense de História, Brasil, n. 37, p. 156–178, 2021. DOI: 10.36661/2238-9717.2021n37.12359. Disponível em: https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/article/view/12359. Acesso em: 6 mar. 2025.