Rezar, lutar, lavrar
missionários, militares e indígenas na composição das fronteiras da Província do Amazonas (1851 – 1852)
Resumo
O artigo consiste em problematizar o projeto de construção das fronteiras da/na Província do Amazonas, num momento em que as autoridades imperiais buscavam nortear a ação política e administrativa para modernizar – através da operacionalização da frente de expansão - uma região onde prevaleciam sociedades tradicionais. Através de uma rede de fortalezas e de colônias militares, seria possível garantir o domínio territorial; as missões iriam cuidar da catequese das “hordas selvagens”, construindo aldeias e educando para a prática da fé e para o trabalho agrícola; a agricultura iria fixar os povos nômades, suprindo a carência de alimentos e povoando a região. Através dessa frente de expansão da fronteira, seria possível implementar o projeto geopolítico de “civilização” dos indígenas e modernização da economia naqueles rincões do Império do Brasil.
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