Tombamentos, processos, disputas e tensões nas histórias do patrimônio cultural de Joinville – outras questões para o debate público
DOI:
https://doi.org/10.36661/2238-9717.2018n32.10521Resumo
Este artigo analisa as múltiplas variáveis dos sentidos históricos dos processos de tombamentos e inventariamentos do patrimônio cultural de Joinville, Santa Catarina no conjunto de suas políticas públicas. O texto reflete a criação da Lei Municipal nº1773/1980 que institui a Comissão do Patrimônio Histórico Artístico, Arqueológico e Natural (COMPHAN) e a criação da Fundação Cultural de Joinville (FCJ) em 1982, atual Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) e da Coordenação do Patrimônio Cultural (CPC) em 1997 e os processos interrompidos e inacabados de algumas políticas públicas. Analisa a luz do tempo presente, a incumbência legal da CPC e da Secult, considerando os atores, os lugares, os bens culturais e os conceitos de patrimonialização constantemente reconfigurados nestes processos históricos por técnicos, sociedade civil, políticas de gestão, historiadores e investigadores da área. Ao refletir sobre as disputas e tensões no campo patrimonial, evidencia-se distintos interesses da sociedade civil e do Estado, contrastados e mediados por técnicos, gestores e historiadores e deliberados pela COMPHAN. Este artigo, enfim, contribui para a análise técnica e avaliação histórica das políticas públicas como processos inacabados e dinâmicos a partir dos debates promovidos e atualizados no Simpósio Patrimônio Cultural: Representações, Apropriações e Disputas no XVII Encontro Estadual de História da Associação Nacional de História (ANPUH) - Memória, Patrimônio e Democracia.