Se a intencionalidade revela tudo, como ela se revela?
A essência da manifestação na Fenomenologia Hermenêutica
DOI:
https://doi.org/10.36661/1983-4012.2025v18n1.14513Palavras-chave:
Transcendência, Imanência, Intencionalidade, Verdade, PossibilidadeResumo
O presente artigo aborda o intrincado problema fenomenológico do fundamento da intencionalidade como essência da manifestação, particularmente no âmbito da ontologia hermenêutica. Explora-se, de maneira específica, a acusação de que a fenomenologia hermenêutica, ao se dedicar à análise das estruturas constituintes da fenomenalização em geral, deixa indeterminada a essência tanto da intencionalidade quanto do fenômeno da verdade. O propósito central é elucidar a interdependência entre os temas mencionados e como eles compõem a problemática em discussão. Nesse contexto, busca-se demonstrar como a ontologia fundamental, alinhada à orientação hermenêutica, indica uma opacidade inerente à existência humana. Isso é alcançado preservando a arquitetura conceitual de uma remissão genética à qualquer dimensão da imanência subjetiva como a base última da significatividade. Contrapondo-se a essa perspectiva, e rejeitando qualquer resolução imanentista, argumenta-se que, como uma determinação caractérica do existente humano, no estrato mais básico da experiência significativa está possibilitada uma abertura intencional. Nessa abertura vinculadora, os sentidos de ser são projetados pela compreensão e constituem normativamente as condições de possibilidade para a identidade, individuação e fenomenalização dos entes com os quais nos relacionamos nos comportamentos qualificados.
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