A indissociabilidade entre subjetividade e objetividade em Sartre
DOI:
https://doi.org/10.36661/1983-4012.2024v17n2.14448Palavras-chave:
Sartre, Fenomenologia, OntologiaResumo
Procura-se demonstrar que a ontologia fenomenológica afasta Jean-Paul Sartre dos realismos e dos idealismos clássicos, uma vez que, embora na aparição os dois tipos de seres se dão conjuntamente, seu método aponta para uma distinção entre ser-Em-si e ser-Para-si. Se no plano ontológico os seres encontram-se separados, fenomenologicamente se nota a união entre eles. À vista dessa confluência factual entre esses dois seres, ensejam-se a preeminência da existência por parte em Em-si e a preeminência da significação por parte do Para-si. Sendo assim, trata-se de mostrar ainda que, na intrincada relação entre objetividade e subjetividade, o Para-si, por possuir o condão de outorgar sentido à realidade ôntica, não se encerra em sua facticidade e é capaz de transcendê-la, em que pese se ver diante de situações incontornáveis e por ele não desejadas.