A associação política em Rousseau
pacto do rico e contrato social
DOI:
https://doi.org/10.29327/2318183.16.1-6Palavras-chave:
Rousseau. Pacto do rico. Contrato social. LegitimidadeResumo
A genealogia do estado civil proposta por Rousseau possui alguns momentos críticos. Talvez o mais crucial deles tem lugar quando o estado de natureza degenera em estado de guerra. Nesse ponto, segundo o diagnóstico do próprio genebrino, a humanidade não tem alternativas senão mudar radicalmente sua maneira de ser. A transformação requerida é justamente o advento do político. Por isso, Rousseau se detém, com tanta minúcia, sobre o problema da associação política. A forma dessa associação, seus fundamentos, finalidades e implicações são esmiuçados tanto no Discurso sobre a desigualdade quanto no Contrato social. O principal objetivo do presente artigo é justamente cotejar as diferentes convenções que, na concepção rousseauniana, dão origem ao corpo político. A contraposição de suas características terá como intuito adicional a refutação de uma importante corrente interpretativa, inaugurada por Victor Goldschmidt, segundo a qual os expedientes associativos hipotetizados no segundo Discurso e no Contrato seriam igualmente válidos, a despeito de suas peculiaridades.