CONSIDERAÇÕES SOBRE A SAÚDE MENTAL DE MULHERES ENCARCERADAS
DOI:
https://doi.org/10.36661/2358-0666.2024v11n1.14376Palavras-chave:
Gênero, Cárcere, Mulheres, Adoecimento psíquicoResumo
O sistema carcerário brasileiro, regido pela Lei da Execução Penal de 1984, visa a ressocialização dos detentos, mas enfrenta problemas graves com superlotação e infraestrutura, falhando na reintegração social. Este estudo bibliográfico foca na situação das mulheres encarceradas, que, devido a determinantes de gênero, experimentam sofrimentos psíquicos que se agravam com a institucionalização, seja pela separação dos filhos, desocupação e reprovação social de seu comportamento. As mulheres que enfrentam situações de vulnerabilidade social dentro dos determinantes capitalistas se tornam mais suscetíveis à institucionalização, trazendo consigo um sofrimento psíquico que é determinado por esse sistema. Falar da saúde mental de mulheres presas é considerar fatores econômicos, sociais e estruturais que entregam a essa parcela da sociedade um lugar à margem, tornando necessário um olhar crítico para esses estigmas, buscando políticas públicas e melhorias institucionais para plena reinserção destas na sociedade.