CONSIDERAÇÕES SOBRE A SAÚDE MENTAL DE MULHERES ENCARCERADAS
Resumo
O sistema carcerário brasileiro, regido pela Lei da Execução Penal de 1984, visa a ressocialização dos detentos, mas enfrenta problemas graves com superlotação e infraestrutura, falhando na reintegração social. Este estudo bibliográfico foca na situação das mulheres encarceradas, que, devido a determinantes de gênero, experimentam sofrimentos psíquicos que se agravam com a institucionalização, seja pela separação dos filhos, desocupação e reprovação social de seu comportamento. As mulheres que enfrentam situações de vulnerabilidade social dentro dos determinantes capitalistas se tornam mais suscetíveis à institucionalização, trazendo consigo um sofrimento psíquico que é determinado por esse sistema. Falar da saúde mental de mulheres presas é considerar fatores econômicos, sociais e estruturais que entregam a essa parcela da sociedade um lugar à margem, tornando necessário um olhar crítico para esses estigmas, buscando políticas públicas e melhorias institucionais para plena reinserção destas na sociedade.
Copyright (c) 2024 Lígia Nahiani Graciano, Beatriz de Morais Teixeira, Fabricio Duim Rufato
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