A literatura engajada em resistência às táticas de morte em Jean-Paul Sartre (1948-1977)
DOI:
https://doi.org/10.36661/1983-4012.2024v17n2.14599Palavras-chave:
Sartre, Existência, Finitude, Literatura, EngajamentoResumo
Como a finitude e a morte aparecem nos escritos políticos e literários de Sartre? Compreendendo essa pergunta em um íntimo vínculo entre escritor e leitor, a condição de ser finito inscreve-se em um nada ontológico e intencional do Para-si e, em seguida, em uma ação de tornar-se essencial no mundo, entre o real e o irreal. Morrer aparece em um acontecimento externo, mediado por forças alienadoras da liberdade, impactando a relação primordial com a literatura (colonialismo, censura, militarização). No período de 1948 a 1977, os temas abordados pela literatura engajada sartriana são: a poesia negra, a militarização da cultura, a ditadura brasileira e o papel do intelectual. O debate sobre a morte, para além da inteligibilidade do Para-si em apreender seu próprio fim, chama a atenção para o debate em torno de grupos totalitários e do fascismo, um desafio a uma literatura afirmativa da vida.