Pensando com Judith Butler
do pânico moral à morte social como gestão da LGBTfobia no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.29327/2318183.16.2-11Palavras-chave:
Judith Butler. Pânico Moral. Morte Social. LGBTfobia.Resumo
Neste artigo buscamos compreender as relações entre direito e sociedade nas disputas pelo reconhecimento da população LGBTQIA+ no Brasil. Para isso, recorremos ao pensamento de Judith Butler, principalmente no que tange a temática do pânico moral, da normatividade e do conceito de morte social, objetivamos analisar a gestão da LGBTfobia no Brasil. Sustentamos existir uma valoração, moralmente construída, das vidas, que se dá na ordem da biopolítica, cuja pretensão é a de separá-las em vidas humanas e vidas menos do que humanas. Por fim, consideramos que ocorre historicamente uma produção de pânico moral, que se relaciona diretamente com o exercício de violências contra corporeidades LGBTQIA+. Violências que decorreriam de uma marca provocada, também, pelo biopoder, que assiná-la, através da abjeção, quais corpos possuirão inteligibilidade social.