PLANTÃO PSICOLÓGICO NO SERVIÇO-ESCOLA DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

  • Maria Lúcia Mantovanelli Ortolan Universidade Estadual de Londrina
  • Maíra Bonafé Sei Universidade Estadual de Londrina - UEL
Palavras-chave: Cobertura de serviços de saúde, clínica psicológica universitária., extensão universitária, saúde mental, plantão psicológico, clínica psicológica universitária

Resumo

Resumo: O plantão psicológico se apresenta como uma prática cujo histórico no Brasil data da década de 1960 com sua implementação tendo acontecido no Instituto de Psicologia da USP. Apesar de sua importância, não é ainda uma prática intensamente presente nos serviços-escola de Psicologia. Com isso, o objetivo deste artigo é discorrer sobre a implementação, a partir de 2015, de um serviço de plantão psicológico no serviço-escola de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Tal atividade pôde ser inserida no curso por meio de um projeto de extensão, haja vista a dificuldade existente para tramitação de mudanças curriculares. Fez-se necessária a oferta deste serviço na UEL principalmente com o intuito de acolher a longa fila de espera para psicoterapia individual. Para a realização do plantão psicológico foram selecionados e treinados estudantes de Psicologia de 4° e 5° ano. O treinamento ocorreu via leitura e discussão de textos e pela realização de entrevistas de triagem com pessoas inscritas na lista de espera para a psicoterapia. Posteriormente estes discentes passaram a receber supervisão grupal semanal. Por meio desta experiência observou-se tanto a importância desempenhada pela intervenção para o público atendido quanto à necessidade de maior diálogo entre os serviços que compõem a rede interna e externa de saúde.

Palavras-chave: cobertura de serviços de saúde, extensão universitária, saúde mental, plantão psicológico, clínica psicológica universitária.

 

 

Psychological emergency service in the psychology university clinic of Universidade Estadual de Londrina

Abstract: The psychological emergency service emerges as a practice in which its history in Brazil dates back from the 1960s at the Psychology Institute at USP (Universidade de São Paulo). Despite its importance, psychological emergency service  is not a practice which is intensely present in university psychology clinics. As a result, the purpose of this article is to discuss the implementationof a psychological emergency center at  the university-based psychology clinic   at Universidade Estadual de Londrina  (UEL)  in 2015. Such activity could be implemented as an applied project, due to the existing difficulty to process curricular changes in this scenario. In order to accommodate the long waiting list of patients for psychotherapy, it was necessary to offer this service at UEL. To conduct the psychological emergency services, undergraduate students of psychology from the 4th and 5th year were selected and trained. The training process was based on  discussions of scientific articles  and by conducting screening interviews with people on the waiting list for psychotherapy. After this initial selection, the group of students started being supervised on a weekly basis. This experience revealed both the importance of such service to the public and the need for a greater dialogue between health services in the  internal and external health network..

Key-words: health service coverage, university extension, mental health, psychological emergency service, psychology school.

 

Guardia psicológica en la clínica psicológica universitária de la Universidade Estadual de Londrina

Resumen: La guardia psicológica se presenta como una práctica cuya historia en Brasil empieza en la década de 1960 y su implementación sucedió en el Instituto de Psicología de USP. A pesar de su importancia, no es una práctica fuertemente presente en las clínicas psicológicas universitarias. Por lo tanto, el propósito de este artículo es discutir la aplicación, a partir de 2015, de un servicio de guardia psicológica en la clínica psicológica universitaria de la Universidad Estatal de Londrina (UEL). Tal actividad pudo ser implementada a través de un proyecto de extensión, llevando en cuenta las dificultades encontradas para el procesamiento de los cambios curriculares en este escenario. La oferta de este servicio en UEL era especialmente necesaria con el fin de dar cabida a la larga lista de espera para la psicoterapia individual. Para la realización de la guardia psicológica fueron seleccionados y entrenados estudiantes de psicología de 4º y 5º años y la capacitación se llevó a cabo a través de lectura y discusión de textos y realización de entrevistas de selección con personas en lista de espera para la psicoterapia. Más tarde, estos estudiantes han recibido la supervisión de grupo semanal. A través de esta experiencia hemos observado la importancia que desempeña la intervención para el público atendido, así como la necesidad de un mayor diálogo entre los servicios de salud que conforman la salud interna y externa.

Palabras-clave: cobertura de salud, extensión universitaria, salud mental, servicio psicológico, clínica psicológica universitaria.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Lúcia Mantovanelli Ortolan, Universidade Estadual de Londrina
Graduanda em Psicologia - Universidade Estadual de Londrina; Bolsista de Iniciação Extensionista - PROEX-UEL.
Maíra Bonafé Sei, Universidade Estadual de Londrina - UEL
Psicóloga, Mestre e Doutora em Psicologia Clínica - IP-USP, Professora Adjunta do Departamento de Psicologia e Psicanálise - UEL.

Referências

AMORA, A. S. Minidicionário Soares Amora da Língua Portuguesa. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação Câmara de Educação Superior. Resolução nº 5, de 15 de março de 2011. Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia. Diário Oficial da União, S. 1, n. 51, p. 19-21, 2011. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=7692-rces005-11-pdf&category_slug=marco-2011-pdf&Itemid=30192 >. Acesso em: 04 abr. 2016.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Quem é o psicólogo brasileiro. São Paulo: Edicom, 1988.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Psicólogo brasileiro. Práticas emergentes e desafios para a formação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.

DIMENSTEIN, M. O psicólogo e o compromisso social no contexto da saúde coletiva. Psicologia em Estudo, v. 6, n. 2, p. 57-63, 2001.

FERREIRA NETO, J. L. A formação do psicólogo: clínica, social e mercado. São Paulo: Escuta, 2004.

FURIGO, R. C. P. L.; SAMPEDRO, K. M.; ZANELATO, L. S.; FOLONI, R. F.; BALLALAI, R. C.; ORMROD, T. Plantão psicológico: uma prática que se consolida. Boletim de Psicologia, v. 58, n. 129, p. 185-192, 2008.

GUARESCHI, N. M. F.; REIS, C.; DHEIN, G.; BENNEMANN, T.; MARCHY, D. S. A avaliação psicológica, psicopatologia e as psicoterapias na formação do profissional de saúde para o SUS: um estudo dos currículos dos cursos de Psicologia. Revista Mal-Estar e Subjetividade, v. 11, n. 1, p. 171-204, 2011.

MARTURANO, E. M.; SILVARES, E. F. M.; OLIVEIRA, M. S. Serviços-escola de psicologia: Seu lugar no circuito de permuta do conhecimento. Temas em Psicologia, v. 22, n. 2, 457-470, 2014.

MOZENA, H. Plantão psicológico: um estudo fenomenológico em um serviço de assistência judiciária. Dissertação de Mestrado em Psicologia. Pontifícia Universidade de Campinas - PUC, Campinas, 2009.

PERES, R. S.; SANTOS, M. A.; COELHO, H. M. B. Atendimento psicológico a estudantes universitários: considerações acerca de uma experiência em clínica-escola. Estudos de Psicologia, v. 20, n. 3, p. 47-57, 2003.

PERFEITO, H. C. C. S.; MELO, S. A. Evolução dos processos de triagem psicológica em uma clínica-escola. Estudos de Psicologia, v. 21, n. 1, p. 33-42, 2004.

PML - Prefeitura do Município de Londrina. Londrina. 2016a. Disponível em: < http://www.londrina.pr.gov.br/ index.php?option=com_content&view=category&id=5&Itemid=4 >. Acesso em: 04 abr. 2016.

PML - Prefeitura do Município de Londrina. Histórico. 2016b. Disponível em: < http://www.londrina.pr.gov.br/ index.php?option=com_content&view=article&id=496&Itemid=588>. Acesso em: 04 abr. 2016.

ROCHA, M. C. Plantão psicológico e triagem: aproximações e distanciamentos. Revista do NUFEN, v. 3, n. 1, p. 119-134, 2011.

ROSENBERG, R. L. (Org.). Aconselhamento psicológico centrado na pessoa. São Paulo: EPU, 1987.

SANTOS, B.S. Da ideia de universidade à universidade de ideias. In: SANTOS, B.S. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo: Cortez, 1999.

SCHMIDT, M. L. S. Continuidade e ruptura: Interpretação da história do Serviço de Aconselhamento Psicológico do Instituto de Psicologia da USP. Mnemosine, v. 2, n. 2, 2006.

SEI, M. B.; ZANETTI, S. A. S. O projeto de extensão enquanto estratégia na formação em psicologia: uma experiência no atendimento a família. Espaço para a Saúde, v. 15 (supl.), p. 118-124, 2014.

UEL – Universidade Estadual de Londrina. Breve histórico da UEL. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2009. Disponível em: < http://www.uel.br/proplan/ plano_diretor_2010_2015/texto_numerado_Plano_Diretor.pcoelhodf >. Acesso em 05 abr. 2016.

VIEIRA, E. M.; BORIS, G. D. J. B. O plantão psicológico como possibilidade de interlocução da psicologia clínica com as políticas públicas. Estudos e Pesquisas em Psicologia, v. 12, n. 3, p. 883-896, 2012.

Publicado
28-05-2016
Como Citar
MANTOVANELLI ORTOLAN, M. L.; BONAFÉ SEI, M. PLANTÃO PSICOLÓGICO NO SERVIÇO-ESCOLA DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. Revista Brasileira de Extensão Universitária, v. 7, n. 1, p. 29-35, 28 maio 2016.
Seção
Artigos