A MANDRÁGORA, OU DA FENOMENLOGIA DA OPORTUNIDADE EM MAQUIAVEL

  • Sergio Nunes Melo Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Palavras-chave: Agência corporal, Fortuna, Política, Maquiavel

Resumo

Este artigo visa examinar a comédia A Mandrágora, de Maquiavel, a partir de uma leitura fenomenológica do texto teatral. O artigo se insere na apreciação feminista contemporânea de Maquiavel, visto que essa visão é perfeitamente compatível com a agência feminina e humana incontestavelmente representada na peça pela ação da personagem Lucrécia. Argumenta-se que a oportunidade é dramatizada como uma metáfora da circunstância decisiva, a qual deve ser confrontada com determinação a fim de tornar possível a restauração da pólis. Ressalta-se ainda uma crítica à visão cristã de mundo, bem estabelecida no Renascimento através da difusão da obra de Santo Agostinho; crítica essa que consequentemente afirma a visão inerente ao pensamento maquiaveliano de que a agência humana, exatamente por ser limitada frente à contingência, precisa transgredir a rigidez dos costumes sociais em momentos cruciais.

 

Biografia do Autor

Sergio Nunes Melo, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Professor Adjunto do Curso de Artes Cênicas da UFSC.

 

Publicado
10-12-2017
Como Citar
MELO, S. A MANDRÁGORA, OU DA FENOMENLOGIA DA OPORTUNIDADE EM MAQUIAVEL. Gavagai - Revista Interdisciplinar de Humanidades, v. 4, n. 2, p. 39-53, 10 dez. 2017.
Seção
Artigos