A MANDRÁGORA, OU DA FENOMENLOGIA DA OPORTUNIDADE EM MAQUIAVEL

Autores

  • Sergio Nunes Melo Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

DOI:

https://doi.org/10.36661/2358-0666.2017n2.9081

Palavras-chave:

Agência corporal, Fortuna, Política, Maquiavel

Resumo

Este artigo visa examinar a comédia A Mandrágora, de Maquiavel, a partir de uma leitura fenomenológica do texto teatral. O artigo se insere na apreciação feminista contemporânea de Maquiavel, visto que essa visão é perfeitamente compatível com a agência feminina e humana incontestavelmente representada na peça pela ação da personagem Lucrécia. Argumenta-se que a oportunidade é dramatizada como uma metáfora da circunstância decisiva, a qual deve ser confrontada com determinação a fim de tornar possível a restauração da pólis. Ressalta-se ainda uma crítica à visão cristã de mundo, bem estabelecida no Renascimento através da difusão da obra de Santo Agostinho; crítica essa que consequentemente afirma a visão inerente ao pensamento maquiaveliano de que a agência humana, exatamente por ser limitada frente à contingência, precisa transgredir a rigidez dos costumes sociais em momentos cruciais.

 

Biografia do Autor

  • Sergio Nunes Melo, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

    Professor Adjunto do Curso de Artes Cênicas da UFSC.

     

Downloads

Publicado

10-12-2017

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

MELO, Sergio Nunes. A MANDRÁGORA, OU DA FENOMENLOGIA DA OPORTUNIDADE EM MAQUIAVEL. Gavagai - Revista Interdisciplinar de Humanidades, Brasil, v. 4, n. 2, p. 39–53, 2017. DOI: 10.36661/2358-0666.2017n2.9081. Disponível em: https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/GAVAGAI/article/view/9081. Acesso em: 6 abr. 2025.