DAS DISCÓRDIAS CIVIS ÀS VIAS EXTRAORDINÁRIAS, DO DESEJO DO POVO À IMPOSTURA DO PODER

  • Dario de Negreiros
Palavras-chave: Maquiavel, Claude Lefort, Le travail de l'oeuvre Machiavel, Revolução ciompi, Vias extraordinárias, Discórdias civis

Resumo

São bem conhecidos os elogios que faz Maquiavel à divisão social e ao conflito. Dirá, por exemplo, que “quem condena o tumulto entre os nobres e a plebe parece censurar as coisas que foram a causa primeira da liberdade de Roma”. Mas que os tumultos sejam a causa da liberdade, há muitas formas de compreendê-lo. Se é Maquiavel um louvador do conflito, seria-o apenas, para muitos, desde que ele se expresse por meio do ordenamento legal e das vias institucionais. Trataremos, aqui, de outro Maquiavel: autor atento às formas como a opressão se traveste de democracia, ao modo como a República, mesmo sem promover o rompimento da ordem legal, pode interverter-se em autoritarismo – e que, para romper as amarras deste legalismo autoritário, convoca-nos à transgressão e à conspiração. Eis o Maquiavel de Claude Lefort.

 

Biografia do Autor

Dario de Negreiros

Graduado em Jornalismo, Psicologia e Filosofia, é mestrando do Departamento de Filosofia da USP, sob orientação da Prof. Marilena Chauí.

 

Publicado
10-12-2017
Como Citar
NEGREIROS, D. DAS DISCÓRDIAS CIVIS ÀS VIAS EXTRAORDINÁRIAS, DO DESEJO DO POVO À IMPOSTURA DO PODER. Gavagai - Revista Interdisciplinar de Humanidades, v. 4, n. 2, p. 25-37, 10 dez. 2017.
Seção
Artigos