AS SENTENÇAS RELATIVAS COM NÚCLEO NOMINAL NOS DADOS DE FALA DE PORTO ALEGRE DO PROJETO VARSUL
Resumo
Este artigo tem por objetivo analisar, a partir de dados reais de fala de um informante porto alegrense retirados do projeto VARSUL, o uso variável das três estratégias de relativização do PB: relativa padrão, relativa resumptiva e relativa cortadora. As principais questões que pretendemos responder nesta análise são as seguintes: a) Qual construção relativa é mais recorrente?; e b) Como se apresentam os nossos resultados em relação aos de Tarallo (1983, 1993) e Valer (2008), que também analisaram dados reais de fala? Esta análise teve como pressuposto teórico o modelo Standard de Chomsky (1977), que afirma que o pronome relativo nasce na posição mais baixa da sentença encaixada e se movimenta para o Spec-CP, conectando essa sentença com a sentença matriz pela correferência do pronome relativo com o pivô (núcleo nominal relativizado). Na análise dos dados, 109 sentenças relativas foram encontradas. A partir da análise, chegou-se a conclusão de que nas sentenças relativas faladas no PB a estratégia mais utilizada é a padrão DP e o pronome relativo mais recorrente é o [que]. Esses resultados corroboram os encontrados por Valer (2008) e mostrou uma pequena mudança em comparação com os dados das relativas PPs encontrados por Tarallo (1983).