O LIVRO DO DESASSOSSEGO COMO LINGUAGEM-[EM]-PROCESSO: A [DES]CONSTRUÇÃO DO SUJEITO MODERNO

  • Jair Zandoná Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Palavras-chave: Modernidade, Fernando Pessoa, Heteronímia, Livro do desassossego

Resumo

O projeto heteronímico delineado por Fernando Pessoa ainda hoje causa frisson por sua complexidade e dinamismo. Se em 2015 comemorou-se os 100 anos da Revista Orpheu – marco do Modernismo português –, 2016 iniciou com a divulgação da descoberta na África do Sul de uma caixa com textos de quando o poeta lá viveu, após o segundo casamento de sua mamãe. Este artigo pretende cotejar o projeto de escrita do Livro do Desassossego – visto como uma arca menor, lugar possível para depositar princípios de ideias-sensações – junto à coterie de escritores imaginados, as sensações e ausências próprias do projeto/processo de devir-outro (GIL, 200?) de Fernando Pessoa e[m] Bernardo Soares e da consciência deste da própria inexistência cotidiana, motivo pelo qual faz do outrar-se, por
meio do sonho e da escrita, o movimento de desdobrar-se em outro[s].

Biografia do Autor

Jair Zandoná, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Doutor (2013) e mestre (2008) em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina. Graduado em Letras Português Habilitação em Língua Espanhola e Respectivas Literaturas pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (2003). É um dos editores da Revista Anuário de Literatura (PPGL/UFSC), integra o quadro de pesquisadores/as do Instituto de Estudos de Gênero (IEG/UFSC) e do Núcleo de Literatura Brasileira Atual – Estudos Feministas e Pós-Coloniais de Narrativas da Contemporaneidade (LITERATUAL/UFSC).

Publicado
08-12-2015
Como Citar
ZANDONÁ, J. O LIVRO DO DESASSOSSEGO COMO LINGUAGEM-[EM]-PROCESSO: A [DES]CONSTRUÇÃO DO SUJEITO MODERNO. Gavagai - Revista Interdisciplinar de Humanidades, v. 2, n. 2, p. 42-51, 8 dez. 2015.
Seção
Artigos