Suspiria de Profundis: Artifício, Melancolia e Criação em Charles Baudelaire
DOI:
https://doi.org/10.36661/2358-0666.2014n1.8886Palavras-chave:
Charles Baudelaire, Teoria dos Humores, Ação Criativa, ModernidadeResumo
Este pequeno e modesto ensaio pretende, à luz de elementos oriundos da clássica Teoria dos Humores de Hipócrates e Galeno, alçar uma interpretação dos principais argumentos contidos nos textos de Charles Baudelaire Paraísos Artificiais e Do Vinho e do Haxixe como uma releitura aristotélica do problema do gênio e das potências criadoras, manifesto pela ação da bile negra ou de drogas estimulantes como o haxixe, o ópio e o vinho, bem como refletir sobre sua relação com um projeto e uma visão de homem/humanidade promovidos pela cultura renascentista, retomados e ressignificados pela modernidade através da noção de autonomia da vontade.