A AFETIVIDADE COMO CONSTRUÇÃO SOCIAL:
A TEORIA DAS EMOÇÕES NO ARCABOUÇO FILOSÓFICO DO SOCIOCONSTRUCIONISMO
Resumo
O presente trabalho possui um objetivo fulcral: apresentar as concepções de emoção defendidas no seio da corrente filosófica e teórica do socioconstrucionismo. Essa escola de pensamento ganhou força ao longo do século XX, a partir do encontro e do diálogo de duas tendências: a virada discursiva capitaneada pelas obras de Wittgenstein e a concepção de mundo pósmoderna, insurgente contra o essencialismo e o objetivismo da Modernidade. Duas são ideias basilares dessa linha teórica: o entendimento acerca do caráter coletivo e socializado dos nossos processos psicológicos e a percepção de que o desenvolvimento da mente humana se dá não de forma meramente biológica, mas a partir do contato com outros seres humanos em meio a um espaço cultural estabelecido. Com o intuito de entabular essa revisão, em primeiro lugar, trago uma breve discussão acerca dos pilares filosóficos e conceituais do pensar socioconstrucionista. Em seguida, apresento a concepção teórica hegemônica acerca das emoções no arcabouço teórico de tal movimento, iluminando uma corrente de pensamento dentro da escola socioconstrucionista denominada de tese do construcionismo social. Em um momento posterior, apresento algumas das críticas direcionadas ao modelo socioconstrucionista das emoções, explicitando suas limitações e problemas. Por fim, elaboro algumas reflexões, organizadas como considerações finais, acerca da pesquisa registrada neste artigo
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