NOTAS SOBRE A PESTE

SOBREVIVÊNCIA, HISTORICIDADE E CRISE DO TEMPO

  • Cássio Guilherme Barbieri
Palavras-chave: Historicidade, Peste, Heterocronia, Albert Camus, Sobrevivência

Resumo

Este trabalho analisa o reaparecimento sintomático da metáfora pestífera, a partir do romance A Peste, de Albert Camus. A análise opera dentro de uma dupla abordagem da sobrevivência. Por um lado, compreende-se a peste enquanto presença do passado no contexto da crise da historicidade moderna, na primeira metade do século XX, ou seja, das reflexões acerca da configuração e crise de um regime de historicidade moderno, marcado pela cisão entre passado e presente/futuro e pela predominância do futuro, tomado como horizonte de expectativa aberto. Por outro lado, compreende-se a peste em seu caráter sintomal da historicidade endógena, própria aos objetos culturais. Portanto, enquanto presença que congrega em si formas de historicidade e temporalidades heterogêneas, cuja compreensão impõe-se como desafio.

Publicado
25-11-2020
Como Citar
BARBIERI, C. NOTAS SOBRE A PESTE. Gavagai - Revista Interdisciplinar de Humanidades, v. 7, n. 1, p. 104-118, 25 nov. 2020.
Seção
Artigos