POLÍTICA DO ETNOCÍDIO E RESISTÊNCIA NAS RETOMADAS KAINGANG NO RIO GRANDE DO SUL

Autores

  • Clementine Marechal

DOI:

https://doi.org/10.36661/2358-0666.2018n1.11060

Palavras-chave:

Kaingang. Etnocídio. Agronegócio. Meios de Comunicação.

Resumo

Esse artigo propõe dar visibilidade à situação territorial atual de três Terras Indígenas Kaingang no norte do Rio Grande do Sul que ainda não foram homologadas pelo Estado brasileiro. Esses três territórios foram retomados nos anos 2000, de forma autônoma pelos Kaingang. Os membros dessas comunidades encontram-se perseguidos pelas elites locais e criminalizadas pelo aparato jurídico do Estado que respalda os interesses econômicos dessas elites. Assim, esse trabalho pretende ressaltar os mecanismos desenvolvidos, tanto pelos meios de comunicação oficiais quanto por representantes do Estado e das organizações ligadas ao agronegócio, que buscam por um lado apagar a memória e a vida indígena nas regiões que hoje controlam, e por outro, deslegitimar, perseguir e criminalizar os Kaingang que ousam desafiá-los. Esses diversos tipos de violência se constituem como uma verdadeira política do etnocídio à qual porém, os Kaingang resistem, empenhando-se a lutar com determinação por recuperar seus territórios, e com eles toda uma serie de relações sociais, econômicas e espirituais que lhes foram expropriadas ao longo dos diversos processos coloniais.

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Publicado

04-09-2019

Como Citar

MARECHAL, Clementine. POLÍTICA DO ETNOCÍDIO E RESISTÊNCIA NAS RETOMADAS KAINGANG NO RIO GRANDE DO SUL. Gavagai - Revista Interdisciplinar de Humanidades, Brasil, v. 5, n. 1, p. 29–54, 2019. DOI: 10.36661/2358-0666.2018n1.11060. Disponível em: https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/GAVAGAI/article/view/11060. Acesso em: 6 abr. 2025.